PATRIMÔNIO CULTURAL HOJE: problemas e desafios
QUARTA | 26/05 | 15h30 |
Exibição no: youtube.com/iauusp
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QUARTA | 26/05 | 15h30 |
Exibição no: youtube.com/iauusp
Continue lendo “PATRIMÔNIO CULTURAL HOJE: problemas e desafios”Arquitetura brasileira em debate apresenta a palestra “Equipamentos Culturais” com Gustavo Penna, ao vivo. Acontecerá no dia 25 de maio, terça-feira, às 9h30m, horário de São Paulo.
Link para a palestra: https://www.youtube.com/channel/UCLY-6JJqMZSCwG4xlrRZSNA
Foi anunciada ontem (04/05) a decisão do júri que concederá a Medalha de Ouro 2021 da UIA ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha. A entrega oficial será realizada durante o Congresso Mundial de Arquitetos em julho deste ano.
O júri “apreciou o trabalho único de Mendes da Rocha como o de um ousado iconoclasta cujo trabalho levou a arquitetura a novos patamares de virtuosismo técnico. Seu trabalho também incorpora fortes elementos pessoais e sociais de integridade, refletidos em sua habilidade de transcender fronteiras enquanto mantém um senso fundamental de lugar conectado à sua terra natal e cultura (…) as conquistas de Paulo Mendes da Rocha, ao longo de sete décadas, ilustram claramente um compromisso que valoriza a arquitetura como gesto público”.
Paulo Mendes da Rocha, aos 92 anos, é um dos grandes nomes da arquitetura moderna paulista, reconhecido internacionalmente por sua trajetória que discute a visão social do espaço. Um dos primeiros trabalhos do arquiteto foi o projeto vencedor do concurso para o Ginásio do Clube Atlético Paulistano, realizado em 1957 com autoria conjunta de João de Gennaro, localizado em São Paulo – SP. Esta obra foi tombada pelo CONPRESP em 2004.
O Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) é mais uma das obras reverenciadas do arquiteto. Tombado pelo CONDEPHAAT em 1986 e pelo CONPRESP em 2018, o edifício em concreto aparente parece interiorizado entre planos, uma complexa relação que se combina com o espaço urbano.
Além da medalha que receberá este ano, Mendes da Rocha já foi premiado em 2006 com o Prêmio Pritzker, em 2000 com o Prêmio Mies van der Rohe de Arquitetura Latino-americana, em 2016 ganhou o Leão de Ouro da Bienal de Veneza e o Imperiale Praemium (Prêmio Mundial de Cultura em Memória de Sua Alteza Imperial o Príncipe Takamatsu do Japão) e em 2017 a Medalha de Ouro Real do Royal Institute of British Architects (RIBA).
Texto: Jasmine Silva
Fonte: UIA 2021 Rio www.uia2021rio.archi
Núcleo Docomomo São Paulo
Mais informações sobre o conteúdo dos livros, podem ser encontradas no link abaixo:
No dia 20 de abril de 2021, o edifício Jorge Machado Moreira, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobreu um incêndio parcial, no qual foi destruída a parte administrativa e partes das instalações do Núcleo de Pesquisa e Documentação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (NPD/FAU-UFRJ), afetando os documentos que compõem seu acervo.
Agradeço imensamente vossa manifestação, em nome da Coordenação Nacional do Docomomo Brasil.
Estamos atentos à situação do Edifício Jorge Machado Moreira. A vice-coordenação do Docomomo Brasil está situada no PROURB, localizado no edifício.Eu mesmo estava no prédio na hora do incêndio, pois participava de um concurso de professor pela Escola de Belas Artes, no terceiro andar. Tivemos que sair às pressas, escoltados pelos bombeiros, e transferir o concurso para o prédio das Letras. Depois veio a preocupação com a situação do NPD. No início da tarde soubemos que os acervos estavam preservados. Sabemos o quanto é frágil a situação do edifício. Muito já se tentou chamar a atenção de sua conservação e para o perigo de suas instalações. Mas, também sabemos o quão ainda mais frágil tem sido a situação de nossas universidades, sobretudo neste governo, que corta recursos para a Educação. Continuaremos a lutar por este e outros edifícios representativos do Movimento Moderno. É nosso dever.Aproveito para informar que as carteirinhas dos membros filiados 2021 chegaram de Portugal e que em breve serão distribuídas.Um grande abraço a todos,Renato Gama-RosaCoordenador Docomomo Brasil
Figura 1- Vista do Fórum de Cuiabá
Foto: R. Castor, 2021.
Ricardo Silveira Castor[1]
José Afonso Botura Portocarrero[2]
NAMA – Núcleo Arquitetura Moderna na Amazônia[3]
Surpreende, negativamente, a reforma que emparedou o Fórum de Cuiabá, com seus altos muros decorados com aparato de luzes que se vê à noite. O edifício – cujos semelhantes são chamados de Palácio da Justiça no Brasil –, assume a aparência de um shopping center ou de casa de diversões noturnas, pelo colorido que mais o aproxima ao cenário de Las Vegas que de um centro cívico como o CPA – Centro Político-Administrativo do Mato Grosso.
Edifícios do judiciário são monumentos que representam um dos poderes da democracia. Os arquitetos, ao longo da história, procuraram atribuir importância e caráter próprios a esses prédios, coerentes com o espírito, a personalidade, a moral e a ética, o tempo e o lugar, simbolizando na paisagem urbana o que se processa em seu interior.
Uma pessoa, ao examinar Palácios da Justiça, constatará que predomina a sobriedade – que não se confunde com monumentalidade –, qualquer seja o porte da sede do judiciário. No passado, era usual que fóruns fossem desenhados com expressão dórica, um estilo despojado da Grécia antiga, firmado na Arquitetura como um cânone.
Assim como os cânones jurídicos se modificam com o tempo, acompanhando o fluxo da vida, das sociedades, das culturas, a Arquitetura se renova com os mesmos insumos que acionam a modernização das leis – e, muitas vezes, premonitoriamente.
O Fórum de Cuiabá foi projetado por uma equipe liderada pelo arquiteto Marcelo Suzuki, Professor da Universidade de São Paulo que, com colegas da Engenharia da USP, desenvolveram uma obra pioneira nos campos da Arquitetura e da Engenhara, em seus aspectos funcionais, estruturais e bioclimáticos.
Diferentemente da anacrônica ideia de que Palácios de Justiça são edifícios suntuosos, com acabamentos nobres e caros, ostentações que remotamente justificavam um espaço interior chamado “salão dos passos perdidos”, para afligir seus usuários, o Fórum de Cuiabá foi pensado como um espaço aberto, no qual horizontalidade e permeabilidade são metáforas do acesso ao Direito por todos.
O projeto primava pelo que na Arquitetura se chama de fluidez dos espaços, não só pela liberdade de circulação das pessoas nos ambientes internos e externos, como também pela abertura e integração visual entre o exterior e o interior. No clima cuiabano, as sombras e aragens eram parte da paisagem interna do Fórum, mediante elementos sombreadores nas fachadas e nas coberturas, protetores da inclemência do sol direto e que não impediam a passagem de brisas, contribuindo para refrescar naturalmente o ambiente. Se essas brisas não bastam para oferecer a sensação térmica que autoridades e membros do judiciário julgam como confortáveis para as atividades nos tribunais e salas de trabalho, a ventilação permanente nas áreas abertas diminui a carga dos equipamentos de ar-condicionado nos ambientes climatizados, reduzindo o consumo de energia do edifício como um todo. O arejamento é polissêmico: da justiça, da liberdade de circulação, da sustentabilidade do edifício – valores que a sociedade deveria eleger como prioritários no quadro atual de deterioração do diálogo entre Arquitetura e Natureza, sobretudo em um Estado-chave nesse quesito, como o de Mato Grosso.
Eram os ares que respirava o Fórum de Cuiabá em sua inauguração em 2005, como uma referência da arquitetura do judiciário dos novos tempos, que os recentes muros e vidraças em torno do Fórum passaram a sufocar. Um edifício conceituado para simbolizar a justiça para todos, sintonizado com as tecnologias contemporâneas de eficiência e sustentabilidade, assume agora a cenografia de um centro comercial murado, exuberante na noite como um cassino ou um shopping center. Substitui-se a dignidade arquitetônica original de transparência, luminosidade e sobriedade, por uma pouca condizente aparência de artificialismo e opacidade, mais afeita aos templos do consumo e da diversão. Condição absolutamente não apropriada com a imagem do principal edifício da Justiça do Estado de Mato Grosso.
O prédio do Fórum de Cuiabá ganhou o Prêmio Rino Levi na 17ª Premiação Anual do Instituto de Arquitetos do Brasil/Departamento São Paulo, de 2006, na principal categoria de obra construída. É mencionado como caso de sustentabilidade na página da ONG Green Nation <http://s3.amazonaws.com/gnfest/documents/arquivos/203/original_forumCuiaba.pdf>. Foi analisado na tese de doutoramento de Ricardo Silveira Castor, defendida na Universidade e São Paulo. Trata-se de uma obra de reconhecida vocação, importância e responsabilidade social e ambiental em sua nascença, no campo profissional e ambiental. A alteração no projeto original do Fórum de Cuiabá consternou o NAMA, como um retrocesso pela destruição de um patrimônio cultural mato-grossense.
[1] Arquiteto, Professor da Universidade Federal do Mato Grosso, Doutor pela Universidade de São Paulo.
[2] Arquiteto, Professor da Universidade Federal do Mato Grosso, Doutor pela Universidade de São Paulo. Autor do projeto duplamente premiado no Breeam Awards concedido em Londres, como melhor edifício sustentável nas Américas em 2018, pelo prédio do Centro Sebrae de Sustentabilidade de Cuiabá.
[3] NAMA – Núcleo Arquitetura Moderna na Amazônia, é um coletivo temático que reúne arquitetos, pesquisadores e artistas interessados na documentação e preservação da modernidade na Amazônia Legal, sediado na UFAM – Universidade Federal do Amazonas.
Referência fundamental à análise da produção dos espaços urbanos, deixa um legado incomensurável, em sua atuação como docente na FAU USP, na Secretaria Municipal de Planejamento de São Paulo e como consultor em planejamento urbano em diversos órgãos públicos. Sua produção teórica, dentre as quais se destacam “O que todo cidadão precisa saber sobre habitação” (1986), “Espaço intra-urbano no Brasil” (1998), “As ilusões do Plano Diretor” (2005) e “Reflexões sobre as cidades brasileiras” (2012), constituem referência obrigatória para aqueles que querem compreender a segregação sociourbana, característica perversa de nossa urbanização. Sempre disposto ao diálogo com colegas e estudantes, suas palestras eram verdadeiros eventos de engajamento em prol do compromisso do social que deveria mover os arquitetos urbanistas.
“Sempre marcada por constante inquietação intelectual, a trajetória deste pesquisador nato, especialmente voltado ao tema do espaço urbano, está vinculada tanto a suas práticas profissionais quanto a sua trajetória acadêmica, antes mesmo de seu ingresso como docente na Universidade de São Paulo” – assim Sérgio Luis Abrahão e Silva Maria Zioni sintetizaram o curriculum de Flávio Villaça no artigo “Uma trajetória dedicada ao planejamento urbano brasileiro”, publicado no portal Vitruvius em 21 de novembro de 2020.
Content
ResearchAndMarkets.com predicts that the market will achieve a value of $48.4 billion by 2027, with a Compound Annual Growth Rate (CAGR) of 7.49%. Multi-tenancy is deemed an essential component of cloud computing, as cloud services would be less feasible without it. While both architectural paradigms have advantages and disadvantages, multi-tenancy is the preferable https://investmentsanalysis.info/amazon-customer-service/ option in most cases. When executed correctly, it allows for the development of a scalable and future-proof platform that optimizes resource usage and is easier to maintain in the long run. At this stage we eliminate registration of IAsyncDocumentSession in the application code by replacing with the newly created tenant-safe IAsyncTenantedDocumentSession.
Changing the table schema is also something that is very easy with SingleStoreDB since all operations are lock-free. You can easily create new indexes, alter columns and more without worrying too much about your application being unavailable. Of course, you need to keep in mind the processing and memory requirements necessary to perform those operations. Keep in mind that the ideas and examples here are geared toward relational databases, but the same applies to most kinds of datastores available. If you didn’t call the ApplyAllDatabaseChangesOnStartup method, Marten would still try to create a database upon the session creation. This action is invasive and can cause issues like timeouts, cold starts, or deadlocks.
In multi-tenant software architecture—also called software multitenancy—a single instance of a software application (and its underlying database and hardware) serves multiple tenants (or user accounts). A tenant can be an individual user, but more frequently, it’s a group of users—such as a customer organization—that shares common access to and privileges within the application instance. Each tenant’s data is isolated from, and invisible to, the other tenants sharing the application instance, ensuring data security and privacy for all tenants. Single tenant and multi-tenant are two methods of offering cloud software as a service (SaaS) solutions. Single tenant provides each customer with a distinct software instance running on infrastructure that is not shared with other users. Multi-tenant uses a shared infrastructure to provide access to the SaaS solution to multiple customers.
Failing all else, please feel free to ask questions in the Marten’s Discord channel about custom multi-tenancy strategies. Marten V5.0 largely rewired the internals to be aware of multiple databases in features such as the database cleaning, the async projection daemon, and the database migrations. In the early days of the cloud, organizations were reluctant to adopt cloud strategies. Few organizations considered applying policies, technologies, and controls to protect data across the cloud.
Making disasters impossible is a compelling reason to avoid table multi-tenancy. This is unfortunate, as customers sometimes suffer from a misconception that only physical isolation can offer enough security. However creating a new account and doing migrations seems to be quite painful, because I would have to iterate over all schemas and change their tables/columns/definitions.
It also won’t apply all defined changes upfront (so, e.g. indexes, custom schema extensions). I’ve covered some of the main approaches to multi-tenancy with SQL Server. If you’re starting to design a multi-tenant system, hopefully this blog post will provide the start of some good discussions within your team to work out what strategy makes most sense for you. While this
approach works well for many small tenants of the same size, it doesn’t
work well if the tenant sizes vary. Also, you might find
customizing the settings for each tenant difficult. In hindsight, the advantages database multi-tenancy offered us significantly outweighed the costs.
The last several years, which has seen the proven effectiveness of cloud deployments in scalability, cost, and security, has changed that however. Now we’re seeing the rapid adoption of cloud platforms by organizations of all shapes and sizes. Engineering takes time and resources, which means that the cost of an ad-hoc query or a marketing experiment is high, and that slows down the business. Being able to sell more, sell easily and particularly to sell on-prem, is a significant upside of database multi-tenancy.
Oracle Multitenant enables an Oracle Database to function as a container database (CDB). A CDB consolidates multiple pluggable databases (PDB), a portable collection of schemas, schema objects, and non-schema objects.
You can serve each schema from a completely different database server for each tenant, or you can serve them from just one and distribute the load as you grow the user base. When using SingleStoreDB, multi-tenancy by tenant column is a very good approach. Keep in mind that as the database is distributed, you want to think about a good shard key so data is evenly distributed across the cluster nodes. Using only the tenant ID is not a good idea, since queries from one tenant will be concentrated on a small number of nodes.
Every tenant possesses its distinct database, infrastructure, and application instance. This furnishes maximum data isolation but may escalate maintenance and resource expenses. All other parts of the application are tenant unaware, and tenant separation is achieved at the database access (database repository) layer. The repository layer is using the information from the current context to access the tenant’s specific database instance.
In such a scenario, each tenant’s data is isolated and remains invisible to other tenants. Multi-tenancy can also be implemented in multi-tier systems such as an SAP system. With this approach, data partitioning is implemented from the highest level (the tenants.) Also, since data is separated per tenant, one indexing level is avoided. With a multi-tenant database approach, all collections/tables will generate an index for the tenant specification field. In Option #2 above, there would only be a single database/schema, say, myapp_db, again with 10 tables in it (same ones as above). But here, the data for all the customers exists inside those 10 tables, and they therefore “share” the tables.
Public clouds can deliver dedicated resources to customers, but this is an exception rather than the rule. Example, in a multi-tenant public cloud, the same servers will be used in a hosted environment to host multiple users. Each user is given a separate and ideally secure space within those servers to store data. The multi-tenancy feature in Deep Security lets you create separate management environments within a single Deep Security Manager.
The multi-tenant architecture can also help provide a better ROI for organizations, as well as accelerate the pace of maintenance and updates for tenants. Each time a new tenant is added to the system, a new database is generated for the user. Every time a new tenant is added, a Become a Java Programmer Learn Java Programming Online new schema is generated that creates a separate database for the tenant. They have 1 huge table w/ 500 string columns (Value0, Value1, … Value500). Dates and Numbers are stored as strings in a format such that they can be converted to their native types at the database level.
SEMANA ABERTA – FRAGILIDADES E DESIGUALDADES do 27º Congresso Mundial de Arquitetos, que abordará o primeiro eixo temático – FRAGILIDADES E DESIGUALDADES.
Data: 22 a 25 de março
A Semana é 100% ONLINE, GRATUITA e GLOBAL e reúne especialistas nacionais e internacionais em debates sobre os temas: Arquitetura da Inclusão Social; O que é mesmo periferia? e Arquitetura na Favela.
Garanta sua inscrição através do link: https://aberto.uia2021rio.archi/
DADOS SOBRE O LIVRO
ARQUITETURAS DO SOL. RESGATE DA MODERNIDADE NO NORDESTE BRASILEIRO
Autoria_ Dra. Alcilia Afonso
Arte e diagramação_ Ivanilson Pereira
Número de páginas_ 410
Formato_ 21 cm x 21 cm, com capa em papel cartão triplex 300g com laminação fosca, lombada cor preta 1 x 0; com letras em verniz em relevo e plastificado; miolo com 410 páginas em papel couchet fosco – cor 4 x4, com 115g;
SOBRE A OBRA
O título “Arquiteturas do sol” foi utilizado como uma referência minha à uma matéria escrita na revista francesa L’architecture D’Aujourd’hui nos anos 50, que tratava sobre este tema, divulgando parte da arquitetura moderna brasileira produzida naqueles anos e que chamava a atenção dos leitores para as soluções climáticas empregadas pelos arquitetos frente aos condicionantes geográficos do país.
Desde os anos 90 do século XX, venho atuando no trabalho de documentar e conservar o acervo moderno de alguns estados da região nordeste do Brasil, especificamente nas cidades de Teresina/Piauí, Recife/ Pernambuco, e Campina Grande/ Paraíba- cidades nas quais desenvolvi e desenvolvo trabalhos profissionais e acadêmicos na área de arquitetura, seja produzindo projetos, seja atuando academicamente como docente e pesquisadora em universidades federais como a UFPI, e atualmente, a UFCG.
O subtítulo dado ao livro- “Resgate da modernidade no nordeste brasileiro”- demonstra a procura em contribuir com o processo de documentação, conservação e difusão do acervo que vem correndo riscos graves de serem perdidos, esquecidos. E na busca de tentar contribuir, foram reunidos nessa coletânea, artigos produzidos nos últimos anos, por mim e por alguns colaboradores, como o designer e doutorando Artur Thiago Thamay; o pesquisador e estudante de graduação em arquitetura e urbanismo da UFCG/ Universidade Federal de Campina Grande, Ivanilson Pereira; e a arquiteta e mestranda Marjorie Garcia- meus orientandos da graduação e da pós-graduação, que através de pesquisas, apresentaram resultados na área, desde 2015 até o presente momento.
A proposta do livro é divulgar os resultados de nossas investigações na área de arquitetura moderna no nordeste brasileiro: edificações aqui denominadas de “Arquiteturas do sol”. As obras modernas expostas foram produzidas nas cidades de Teresina/Piauí, Recife/ Pernambuco, e Campina Grande/ Paraíba- cidades nas quais desenvolvemos trabalhos profissionais e acadêmicos na área de arquitetura, seja produzindo projetos, seja atuando academicamente como docente e pesquisadora, orientando investigações arquitetônicas e relacionadas à área.
Um livro que compõe um conjunto documental que possa servir de base para novos voos acadêmicos e profissionais. Foi dividido em quatro partes: Arquiteturas do sol; Tectônica de modernidade; patrimônio industrial e modernidade e documentação e conservação. Espera-se que os artigos selecionados para cada parte desta coletânea possam contribuir com a continuidade de pesquisas na área, servindo de subsídios para tornar mais robusto o trabalho de documentação, bem como, subsidiar projetos de intervenção para a conservação do acervo moderno nordestino, que vem correndo riscos graves de serem perdidos, esquecidos.
ÍNDICE DO LIVRO
APRESENTAÇÃO
PARTE 01_ ARQUITETURAS DO SOL
Capítulo 01_ Arquitetura do sol: soluções climáticas produzidas em Recife nos anos 50_ Alcilia Afonso.
Capítulo 02_ O uso do cobogó na arquitetura moderna do nordeste brasileiro como patrimônio tecnológico construtivo_ Alcilia Afonso
Capítulo 03_ A produção arquitetônica moderna dos primeiros discípulos da Escola de Recife_ Alcilia Afonso
Capítulo 04_ Arquitetura brutalista no Piauí nos anos 70_ Alcilia Afonso
Capítulo 05_ Tertuliano Dionísio: A produção do arquiteto em Campina Grande-PB _ Ivanilson Pereira..
PARTE 02_ TECTÔNICA DA MODERNIDADE
Capítulo 06_ Arquitetura e estrutura: a obra de Raul Cirne em estádios de futebol do Piauí e da Paraíba nos Anos 70_ Alcilia Afonso
Capítulo 07_ Materialidade e projeto: A poética da construção residencial moderna campinense _ Alcilia Afonso.
Capítulo 08_ O uso dos ladrilhos hidráulicos na arquitetura moderna campinense_ Thiago Thamai e Alcilia Afonso
Capítulo 09_ O uso da argamassa armada em obra campinense: Caic José Joffily_ Ivanilson Pereira e Alcilia Afonso
Capítulo 10_ Análise dos elementos pré-moldados na produção de edifícios universitários da UFCG: Bloco CM. Ivanilson Pereira e Alcilia Afonso.
PARTE 03_ PATRIMONIO INDUSTRIAL E MODERNIDADE
Capitulo 11_ Patrimônio ferroviário brasileiro. Reflexão sobre a conservação do acervo arquitetônico e paisagístico no nordeste brasileiro. Os casos de Recife e Campina Grande. Alcilia Afonso
Capítulo 12_ Industrialização e modernidade no bairro da Prata. Campina Grande.Pb. Alcilia Afonso Marjorie Garcia.
Capítulo 13_ Fábrica da Wallig Nordeste S.A. Campina Grande.Paraíba. Alcilia Afonso.
Capítulo 14_ Fábrica da Hering Nordeste. Paulista. Pernambuco. Alcilia Afonso.
Capítulo 15_ Fábrica da Bombril Abreu e Lima. Pernambuco. Alcilia Afonso.
Capítulo 16_Fábrica da Premol S.A. Campina Grande. Paraíba. Alcilia Afonso e Ivanilson Pereira.
PARTE 04_ DOCUMENTAÇÃO E CONSERVAÇÃO
Capítulo 17_ O trabalho do grupo de pesquisa arquitetura e lugar: Resgate da documentação da arquitetura moderna no agreste paraibano. Campina Grande. 1950-1980. Alcilia Afonso
Capítulo 18_ Desafios para a preservação da arquitetura moderna no nordeste brasileiro. Alcilia Afonso
Capítulo 19_ Conservar já! Documentar sempre. Patologias da tectônica da modernidade arquitetônica.
Estudo de caso em Campina Grande. PB. Alcilia Afonso
Capítulo 20_ Conservação da dimensão construtiva: análise do CAIC José Jofilly de Campina Grande. PB. Ivanilson Pereira e Alcilia Afonso.
DADOS SOBRE A AUTORA
Possui doutorado em Projetos Arquitetônicos pela ETSAB/ UPC na Espanha (2006), convalidado no Brasil pela UFRGS, mestrado em História pela Universidade Federal de Pernambuco / UFPE (2000), sendo especialista em Arte e Cultura Barroca pela UFOP/ MG (1986), em Conservação Urbana pelo CECI/MDU/ UFPE (1998), e graduada em Arquitetura pela Universidade Federal de Pernambuco/ UFPE (1983). Obteve o DEA/ Diploma de Investigadora Europeia em 2004, pela ETSAB/ UPC, tendo experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Projetos arquitetônicos e História da Arquitetura e Urbanismo, atuando, principalmente, nos seguintes temas: projetos arquitetônicos, e patrimônio cultural. Professora visitante durante duas estadias (2010 e 2011), no programa de doutorado em projetos arquitetônicos na ETSAB/ UPC de Barcelona, realizando investigação pós-doutoral sobre “Projetos de habitação econômicos modernos brasileiros” com bolsa da Fundación Carolina, Governo Espanhol. É professora adjunta da Universidade Federal de Campina Grande/ UFCG, Paraíba, onde leciona na graduação de Arquitetura e Urbanismo, e na pós-graduação de Design e História. Coordena o Grupo de pesquisas Arquitetura e Lugar, investigando sobre patrimônio moderno e industrial. Possui catorze livros publicados na área de Arquitetura e Cidade/ Memória produzida no nordeste brasileiro, especificamente, tratando das cidades de Teresina (PI), Recife (PE) e Campina Grande (PB). É membro do ICOMOS Brasil e do DOCOMOMO Brasil.
O livro pode ser encontrado no link:
https://grupodepesquisaarquiteturaelugar.blogspot.com/
O Fórum Mestres e Conselheiros é um evento único no Brasil, no qual os militantes e os agentes que formulam e implementam as políticas de patrimônio se encontram com pesquisadores acadêmicos dos diversos programas de pós-graduação em nosso país.
O Fórum Mestres e Conselheiros é um evento único no Brasil, no qual os militantes e os agentes que formulam e implementam as políticas de patrimônio se encontram com pesquisadores acadêmicos dos diversos programas de pós-graduação em nosso país. Este ano, devido à pandemia do covid-19, nosso evento será realizado em maio de 2021.
Reconhecido hoje como referência na discussão da municipalização do patrimônio e da educação patrimonial, este Fórum foi realizado pela primeira vez em 2008, quando era voltado ainda para Minas Gerais, estendendo-se para todo o país a partir de 2009.
Em 2021, o Fórum vai discutir a perspectiva da “ação local” como base para o patrimônio. Hoje sabemos que o patrimônio, antes de ser nacional ou mesmo mundial, acontece na esfera local, e que vão ser também as ações locais as principais responsáveis pela sua preservação. “A comunidade é a melhor guardiã do seu patrimônio”, frase popularizada por Aloísio Magalhães, dialoga muito bem com a máxima contemporânea “Agir localmente, pensar globalmente”.
Em 2021, o Fórum vai discutir a perspectiva da “ação local” como base para o patrimônio. Hoje sabemos que o patrimônio, antes de ser nacional ou mesmo mundial, acontece na esfera local, e que vão ser também as ações locais as principais responsáveis pela sua preservação.
Neste sentido, esta edição dos Mestres e Conselheiros vai tematizar os diversos tipos de ação local que contribuem para a preservação do nosso patrimônio cultural, desde a atuação dos conselhos municipais até a ação corajosa de cidadãos que conseguem manter suas referências culturais, passando pelo envolvimento cívico de ONGs e outros atores.
Para mais informações, acesse o link
https://doity.com.br/12-mestres-e-conselheiros-patrimonio-e-cidade
EL BRASIL Y EL MOVIMIENTO MODERNO EN AMÉRICA LATINA
Circulación de ideas, aproximaciones y críticas
El Brasil y el movimiento moderno en América Latina. Circulación de ideas, aproximaciones y críticas explora e evidencia as relações, influências, impactos e críticas ao Brasil entendidos em perspectiva latino-americana e através de casos nacionais ou específicos. Ou seja, interessa-nos ampliar e discutir como a produção arquitetônica e urbanística brasileira foi vista e percebida pelos profissionais dos países latino-americanos, além de identificar as formas de circulação, as redes profissionais estabelecidas e as reverberações locais dessa produção.
Este livro se compões de textos de pesquisadores latino-americanos e é resultado de uma reflexão sobre como essa temática vem sendo abordada nos Seminários Docomomo_Brasil desde a sua primeira edição em 1995 até o 13º Seminário realizado entre os dias 7 a 10 de outubro de 2019, na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Nesse sentido, alguns dos textos que compõem esta coletânea resultam de uma seleção de trabalhos apresentados nesses seminários (revisados e ampliados) que nos mostram como as possibilidades e articulações do Brasil com os outros países do continente têm sido ainda pouco exploradas.
O livro patrocinado pelo CNPq foi organizado pelo Prof. José Carlos Huapaya Espinoza e foi editado pelo PPGAU/UFBA e a EDUFBA e traz as contribuições de Anahi Ballent, Hugo Mondragón, Louise Noelle Gras, Mario Guidoux, Guilah Navslavsky, Fernando Lara, María Aydos, Renata Ramos, Eunice García, José Carlos Huapaya Espinoza e Daniel Merro. O sumário pode ser acessado aqui.
REVISÕES E AMPLIAÇÕES DA ARQUITETURA E DO URBANISMO MODERNOS NO BRASIL
A coleção Revisões e Ampliações da Arquitetura e do Urbanismo Modernos no Brasil é composta de um total de 25 textos organizados em dois volumes: Parte 1. História e Historiografia / Teoria e Práticas de Intervenção, Preservação e Restauração e Parte 2. O Modernismo como Cultura / Inventário e Documentação. Este conjunto de trabalhos constituem-se em uma seleção das contribuições de pesquisadores de todo o Brasil e da América Latina elaboradas para o 13º Seminário Docomomo_Brasil, realizado na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia entre os dias 7 a 10 de outubro de 2019 e organizado pelo Docomomo_Brasil Núcleo Ba.Se.
A realização desse evento é mais do que significativo na medida em que o Seminário volta para o mesmo local onde acontecera a primeira edição, em 1995, e que teve como tema central (Re)Discutindo o modernismo. Universalidade e Diversidade do Movimento Moderno em Arquitetura e Urbanismo no Brasil. Nesse sentido, esta coletânea de um lado, propõe não só revisar e ampliar a produção desenvolvida nos últimos 25 anos de realização dos seminários, com um olhar simultaneamente retrospectivo e, em especial, prospectivo, olhando para o futuro e apontando e preenchendo vazios da historiografia; mas, também, procura entendê-la a partir de eventuais redes e articulações nacionais e internacionais.
O primeiro volume da coleção se estrutrua em dois eixos: História e Historiografia / Teoria e Práticas de Intervenção, Preservação e Restauração. O primeiro deles coloca em discussão questões como a escrita da história e da historiografia partindo do global ao particular, ampliando e tencionando fontes, arquivos, redes de profissionais, instituições e outros agentes produtores da arquitetura e do urbanismo modernos no Brasil; além da historicização de processos e procedimentos de projeto e de construção. Já o segundo eixo volta-se para as teorias e práticas de intervenções de conservação, preservação e restauração do legado arquitetônico, urbanístico e paisagístico moderno no Brasil a partir de estudos de caso, projetos e obras.
Já o segundo volume foi organizado, também, em dois eixos: O Modernismo como Cultura / Inventário e Documentação. O primeiro dos eixos tem por objetivo refletir sobre o campo ampliado do Movimento Moderno através da circulação de seu ideário e nos diálogos estabelecidos em escalas nacionais e internacionais; interessa-nos, também, explorar os limites entre a síntese e integração das artes. O segundo eixo propõe discutir questões relacionadas à produção de inventários de obras e conjuntos modernistas e, também, às problemáticas e possibilidades surgidas a partir dos registros e digitalização de acervos, preservação de acervos documentais físicos e digitais e acesso à informação do patrimônio moderno. O sumário pode ser acessado aqui.
Esta coletânea de textos aponta para um conjunto de pesquisas emergentes que contribuem para um olhar mais alargado e diversificado do movimento moderno em arquitetura e urbanismo do país. Assim, esperamos que este livro sirva de ponto de partida e de inflexão para futuros trabalhos que se debrucem nas questões aqui abordadas.
A coleção patrocinada pelo CNPq foi organizada pelo Prof. José Carlos Huapaya Espinoza e foi editada pelo PPGAU/UFBA e a EDUFBA e traz as contribuições de pesquisadoras e pesquisadores de todo o Brasil e latino-americanos.
O 27º Congresso Mundial de Arquitetos será realizado fisicamente no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 22 de julho de 2021.
E, em versão digital, terá início em março, com as primeiras conferências virtuais. O evento presencial de julho será também transmitido digitalmente para o mundo todo. As inscrições para a participação virtual ainda estão abertas.
Para mais informações acesse o site: https://www.uia2021rio.archi/
Promovido pela União Internacional de Arquitetos (UIA) desde 1948, o Congresso Mundial de Arquitetos ocorrerá pela primeira vez no Brasil.
Trata-se de um fórum privilegiado para profissionais e futuros líderes na arquitetura e em área afins. Um evento que debaterá o futuro das cidades e a cidade do futuro.
Os mais expoentes nomes da arquitetura e do urbanismo estarão reunidos para analisar o panorama global e questões locais, formular propostas e apresentar soluções para melhoria da qualidade de vida, em um mundo mais justo e sustentável.
A Universidade Federal do Pará, o Programa de Pós graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, e os laboratorios de Historiografia da Arquitetura e Cultura Arquitetônica (LAHCA) e de Memória e Patrimônio Cultural (LAMEMO), e o Núcleo Docomomo_PA, têm a satisfação de apresentar e convidar a todos a participarem do 14o Seminário Docomomo Brasil, que será realizado em Belém do Pará, entre os dias 27 e 29 de outubro de 2021.
Coordenação Geral:
Profas. Celma Chaves e Cybelle Miranda
Tema: O MODERNO EM MOVIMENTO: USOS, REUSOS, NOVAS CARTOGRAFIAS. Presente e futuro do legado da arquitetura moderna no Brasil
As transformações pelas quais passam o planeta atualmente, envolvendo todo o globo e todas suas manifestações de vida e seus hábitats, entre eles, as construções realizadas para as mais diversas atividades humanas, nos colocam dilemas e indagações. Diante de uma pandemia global, é natural que nós, arquitetas e arquitetos, e os demais atores ligados à produção dos espaços, nos perguntemos: qual será o futuro da arquitetura e da cidade? O que teremos que mudar para nos adequarmos à necessidade de novos padrões de concepção e execução de obras de arquitetura, de espaços públicos, e de intervenções, entre elas, nas obras da arquitetura moderna?
Ao considerar a arquitetura como uma ação em que se integram diferentes níveis de atuação do homem no mundo, é imperioso que esses níveis se abram às perspectivas que, na atualidade, impactam as condições de vida dos homens como seres habitantes do planeta.
Nessa direção, faz-se necessário recuperar as digressões pertinentes dos diversos
divulgadores, promotores e pensadores do movimento moderno.
Os princípios formulados pelos arquitetos que compunham o movimento moderno, ressoam, por um lado, com as necessidades de retorno a uma cidade saudável, ainda que com uma ruptura radical com o lugar. Por outro lado, é fundamental analisar as casas modernas se queremos entender a arquitetura da modernidade. Tanto a casa como a cidade no movimento moderno operaram com um sentido além de suas “funções”: era preciso ser refúgio, mas também ponto de partida para as ações do homem no mundo. Habitar, mas também como diria Le Corbusier quando mencionava a instituição pública, era não apenas uma função privada, mas um prolongamento da casa, pois o homem não habita apenas sua própria casa,
mas também habita quando participa em uma comunidade e a instituição torna possível essa participação.
Em que pese as críticas de que o movimento moderno repudiava a natureza, a história e a cidade em prol da máquina, é visível o pensamento integrador entre arquitetura e natureza em obras como a Falling Water de Frank Lloyd Wright, ou a Villa Mairea de Alvar Aalto, ou as torres de Rogelio Salmona em Bogotá. Mas não apenas nos edifícios estão essas ligações, Brasília é um exemplo da interação arquitetura-cidade e natureza.
No atual contexto de revisão de paradigmas e reconhecimento de alternativas filosóficas e construtivas em prol de uma arquitetura humanizada, a abordagem do edifício em conciliação com seu entorno faz-se primordial, especialmente na relação com a paisagem, em que incidem elementos naturais, componentes sociais e culturais. Nessa perspectiva, tipologias diversas que compõem os conjuntos de edifícios do movimento moderno, como os hospitais, oferecem um desafio maior para sua compreensão enquanto fator de modernização na assistência à saúde, em face das constantes reformas por que passam suas instalações, sendo colocados em cheque aspectos como salubridade, sustentabilidade de gestão e reconhecimento de detalhes técnicos que possam lhes conferir identidade.
O projeto cultural e também social, foram fundamentos do movimento moderno como bem nos apontou Anatole Kopp, a causa moderna estava além da estilística ou da forma às quais o moderno passou a ser identificado ao longo do tempo. As mudanças sociais, culturais e políticas pelas quais os países estavam passando nas primeiras décadas do século XX instaram os arquitetos a realizarem novas propostas de espaços de morar, de trabalhar, de atividades de ócio, espaços de saúde etc. Nesse sentido, é evidente a importância dos aspectos relacionados não somente à natureza como ambiente físico, mas também à perspectiva em agregar a essa natureza os valores imprescindíveis para uma melhor vida humana nos espaços
inventados pelo homem, que na história recente da humanidade se perderam por ações nocivas às variadas biodiversidades inerentes aos meios físicos.
Passados mais de um século da irrupção das ideias modernas, e dadas as notáveis
transformações que o planeta vem atravessando nas últimas décadas, é indiscutível a importância de se retomar os princípios sobre os quais a ideia de um moderno hegemônico se desenvolveu. A noção do conhecimento do passado precisa ser repensada juntamente com uma revisão historiográfica a partir de outras visadas. Uma delas é a interpretação do passado, que embora como fato não possa ser modificado, a visão desse passado sim, na ampla acepção que Marc Bloch nos apresenta: um passado como estrutura em constante movimento.
Nesse sentido, o Docomomo 2021 que será sediado em Belém do Pará, na região amazônica brasileira, território que vem sendo impactado por diversas agressões ao seu meio físico e suas populações, como os desmatamentos, os incêndios e apagões elétricos, e as respostas ineficazes ou inexistentes aos recorrentes problemas sociais como a moradia e suas infraestruturas, nos desafia a pensar respostas a um presente em que ambiente e humanidade correm sérios riscos de destruições irreversíveis. Essas questões demandam respostas urgentes para qualificar o espaço das cidades e seu ambiente construído, incluindo repúdio ao apagamento da historia e da memória local.
Convém apontar também a diversidade da arquitetura moderna em um país continental como o Brasil, que apresenta um panorama heterogêneo e rico, porém ainda de pouca visibilidade, especialmente nas regiões onde a produção dessa arquitetura se deu por razões fora da
causalidade industrialização e progressismo, mas que foi decorrência de tramas complexas que compõem a realidade local. Assim, faz-se necessário em um evento de abrangência nacional, escutar outras vozes que nos possibilitam ter um panorama mais inclusivo e rico.
Considerar as questões aqui enunciadas significa revisitar a arquitetura do movimento moderno sob uma perspectiva que inclua os distintos olhares sobre ela e seus fundamentos. Novas possibilidades de pensar o presente e o futuro dessa arquitetura, e formular novas ideias baseadas nas experiências do movimento moderno e seu legado, requer recuperar concepções que estejam de acordo com as necessidades apresentada pela sociedade hoje. Isso nos leva a refletir acerca dos (novos) usos dos edifícios da arquitetura moderna.
Observam-se constantemente intervenções que quase sempre alteram as linhas originais dessas obras, afetando seu valor patrimonial e apagando sua memória e história. É inegável a transformação do património no curso da história que se adaptem aos novos usos e expectativas sociais, porém é imprescindível a atenção aos processos que contribuem à sua valoração ou à negação de sua concepção moderna.
Para contemplar tais questões aqui apresentadas, o seminário propõe 04 eixos temáticos:
1. A arquitetura moderna, cultura e natureza.
Este eixo temático acolherá trabalhos que abordem a natureza na sua relação com o espaço construído em suas várias escalas; experiências de projeto ou de pesquisa que contemplem o sentido da arquitetura moderna e sua interface com a questão da sustentabilidade; a arquitetura moderna como expressão de culturas.
2. Documentar. Preservar. Conservar. O patrimônio moderno e seus usos e reusos.
Esperam-se trabalhos que abordem os processos de documentação, preservação e
conservação de obras da arquitetura moderna em seu amplo sentido; registros e acesso aos acervos do patrimônio moderno; práticas de construções e intervenções no existente;
3. Novas cartografias e cronologias da arquitetura e do urbanismo modernos no Brasil. Este eixo acolhe trabalhos que enfocam a historiografia da arquitetura e do urbanismo modernos no Brasil, contemplando as variadas expressões da arquitetura moderna, deslocando e ampliando as geografias e as cronologias até então usuais na historiografia;
4. Espaços modernos e os novos desafios técnicos, ecológicos e sociais do legado da arquitetura moderna. Este eixo acolhe trabalhos que tratem dos diferentes espaços modernos que abrigam usos em áreas educacionais, da saúde, institucionais, e os desafios para sua permanência, considerando-se fatores como qualidade e sustentabilidade.
CRONOGRAMA DA CHAMADA DE TRABALHOS
Data da realização do seminario: 27, 28 e 29 de outubro de 2021
Local: Belém – Universidade Federal do Pará – Programa de Pós graduação em Arquitetura e Urbanismo
Data limite para envio de artigos completos: 31/05/2021
O artigo deverá conter entre 4000 e 6000 palavras, de acordo com o template a ser divulgado proximamente no site do evento. Cada autor poderá participar em no máximo dois artigos. Cada artigo deverá ter no máximo três autores
Postêres para alunos de graduação: cronograma a ser definido.
E-mail para contato: docomomobr14@gmail.com
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