Edifício Giselle. Projeto de Telésforo Giorgio Cristofani, 1968 / Foto Silvia Chiarelli
O Núcleo Docomomo SP foi o primeiro a se estabelecer após a criação do Docomomo Brasil. Desde então, organiza com regularidade eventos, debates, encontros, seminários e workshops. E agora anuncia o lançamento de sua página na internet.
Nós, do Docomomo Brasil, não poderíamos deixar de parabenizar a equipe pela iniciativa, desejando aos seus responsáveis sucesso em seus propósitos.
Segue aqui anexado arquivo com os Anais do IV Seminário Docomomo Rio – O Moderno no Rio: do Risco ao Risco, realizado nesta cidade nos dia 31 de outubro e 1º de novembro de 2017.
Andréa de Lacerda Pessôa Borde
Maria Helena Röhe Salomon
Renato da Gama-Rosa Costa
ISBN 978-85-88027-42-8
TEMA
O MODERNO NO RIO: DO RISCO AO RISCO
É inegável o lugar que o Rio de Janeiro ocupa na historiografia da arquitetura e do urbanismo modernos do Brasil e da América Latina. O risco moderno é um elemento importante da configuração espacial de muitas cidades fluminenses. Temos tanto um patrimônio moderno reconhecido pelos órgãos de tutela e que recebem apoio
internacional para a sua conservação como exemplares notáveis que, mesmo tendo sua singularidade enaltecida nos estudos críticos, não logram este reconhecimento e/ou o apoio para sua gestão.
O que nos permite considerar que o risco moderno está em risco nos faz questionar:
. Qual o estado de conservação deste legado?
. Quais as ações implementadas para a sua preservação
(conservação e documentação)?
. E, sobretudo, qual o futuro do moderno no Rio?
EIXOS TEMÁTICOS
O RISCO MODERNO NO RIO – contempla estudos e reflexões críticas sobre arquitetura, urbanismo e paisagismo concebidos de acordo com os preceitos do Movimento Moderno. Volta-se, em especial, à documentação, recepção e difusão dessa produção e seus rebatimentos na formação do espaço urbano contemporâneo das cidades fluminenses.
Os artigos e painéis selecionados abrangem análises de: projetos arquitetônicos e urbanísticos destinados como habitações individuais e coletivas, aos espaços institucionais e de saúde e ensino, bem como sua difusão mundo afora; e de projetos e obras de arquitetos e urbanistas modernos radicados no Rio de Janeiro, compreendendo um período largo na história da cidade, da década de 1920 a anos mais recentes e destacando a participação feminina, como Carmen
Portinho e Lota de Macedo Soares, neste contexto.
O MODERNO EM RISCO NO RIO – contempla os estudos e reflexões críticas sobre o patrimônio moderno em risco no Rio de Janeiro e as ações promovidas para conservação e gestão desse patrimônio.
Os artigos e painéis selecionados contribuíram para a reflexão sobre a conservação da arquitetura moderna no Rio de Janeiro – edifícios residenciais, universitários, hospitais e instituições de saúde – submetida aos desafios do tempo e da manutenção de uso bem como alertaram para ações de salvaguarda necessárias à conservação dos bens modernos tendo em vista as mudanças climáticas em curso.
Em assembleia realizada em Uberlândia, durante o 12o Seminário Docomomo Brasil, assumimos, com muita satisfação, o desafio de conduzir a gestão nacional do Docomomo no biênio 2018/2019.
Satisfação e desafio podem resumir o compromisso cotidianamente vivenciado por todos aqueles que se dedicam ao conhecimento de nossa arquitetura moderna, com suas singularidades e interlocuções, fato a ensejar um profícuo [e constante] diálogo com as mais diversas manifestações artísticas, em diversas latitudes.
Os mesmos vocábulos expressam as muitas dificuldades que enfrentamos para documentar e conservar um patrimônio constantemente ameaçado, malgrado todas as ações de denúncia e defesa. Não podemos nos silenciar diante da destruição e descaracterização de nossa memória arquitetônica, urbanística e paisagística.
Somos um pequeno grupo de profissionais, professores e pesquisadores vinculados ao Mestrado Profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz – COC/FIOCRUZ, ao Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro – PROURB/FAU/UFRJ, à Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – SMUIH/PCRJ e ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – DAU/IT/UFRRJ.
Pretendemos agir sob os mesmos preceitos que nortearam as gestões precedentes e queremos ampliar o debate e o alcance de nossas iniciativas, especialmente por meio de uma maior aproximação com os órgãos patrimoniais, prefeituras e centros de pesquisa, notadamente programas de pós-graduação.
Na página do Facebook serão rotineiramente replicados avisos, informes de cursos, debates, defesas de dissertações e teses, palestras, seminários, exposições e lançamentos de livros; noticiadas ações legais de salvaguarda e ameaças de demolição de edificações, entre outros assuntos.
A página <docomomo.org.br> continuará a abrigar os conteúdos do antigo portal, todas as edições do BOLETIM DOCOMEMOS e da REVISTA DOCOMOMO BRASIL, além dos links de eventos DOCOMOMO em nível regional, nacional e internacional. Futuras edições do BOLETIM DOCOMEMOS também serão divulgadas por e-mail.
A produção e veiculação dos informes, para ser mais ágil e eficiente, depende da colaboração de todos – estudantes, pesquisadores, profissionais e professores. A sua participação, por meio de simples avisos ou resenhas sobre os temas abordados nos DOCOMEMOS será essencial para a difusão de conhecimentos sobre o patrimônio moderno brasileiro.
Cabe por fim lembrar que será reaberta a campanha para FILIAÇÃO 2018. Sua participação será de extrema importância para a continuidade das ações do DOCOMOMO BRASIL e do DOCOMOMO INTERNACIONAL. De quebra, poderá garantir descontos na inscrição de eventos locais e internacionais.
Avante prosseguimos!
Renato da Gama-Rosa Costa, Coordenador
Andrea de Lacerda Pessôa Borde, Secretária Executiva
Maria Helena Röhe Salomon, Tesoureira
Helio Herbst, Conselheiro Fiscal
Inês El-Jaick Andrade, Conselheira Fiscal
Bárbara Cortizo de Aguiar, Colaboradora
A revista | Docomomo Brasil resulta de um desejo coletivo assumido pelos comitês executivos do Docomomo Brasil eleitos para os biênios 2014-2015 e 2016-2017 e registrado formalmente no plano de gestão submetido à apreciação dos membros reunidos na Assembleia Geral do DOCOMOMO Brasil, reunida em Curitiba, em outubro de 2013.
O número 01 chega às mãos do leitor no ano de comemoração dos 25 anos de fundação do DOCOMOMO Brasil. O tempo de 25 anos pode dar falsa impressão de atraso, mas reflete o talvez necessário período de amadurecimento para a consolidação do DOCOMOMO Brasil e o seu reconhecimento como promotor de ações de documentação e conservação das diversas expressões do movimento moderno no território nacional e nas diversas ações empreendidas pelo DOCOMOMO International.
O Docomomo_Brasil, o IAB-PE, o MDU/UFPE e a Romano Guerra Editora convidam para a palestra e lançamento do livro:
"Vilanova Artigas - casas paulistas" de Marcio Cotrim
Terça-feira dia 18 de abril de 2017, às 19h no IAB-PE Rua Jener de Souza, n.130, Derby, Recife-PE
Abertura: Fernando Diniz - Coordenador Geral Docomomo Brasil Apresentação do Livro: Marcio Cotrim
O livro se origina da tese de doutorado defendida com em julho 2008 na Universidade Politécnica da Catalunha, de autoria de Marcio Cotrim e sob a orientação dos professores Fernando Alvarez Prozorovich (Espanha) e Abilio Guerra (Brasil), que assinam a apresentação do livro, onde pode ser ler o seguinte:
“Evitando mecanismos apriorísticos, o autor trabalhou com uma grande quantidade de material original do período analisado disponível no arquivo de Vilanova Artigas, visitou e experimentou suas casas, conversou com seus proprietários e recolheu valiosos depoimentos. Além disso, realizou um trabalho de análise metodologicamente impecável no qual se destacou o interesse pela obra e a necessidade de revelar o modus operandi do autor, buscando recordar o ‘muito no pouco’, como diz o poema de Fernando Pessoa citado pelo próprio Artigas em seu texto 'O desenho', de 1967. E devemos reconhecer que não é tarefa fácil o desafio de analisar obras e projetos estilisticamente tão diferentes como as casas Elza Berquó, José Mário Taques Bittencourt III, Ariosto Martirani, Alfred Günther Domschke, Juvenal Juvêncio, Elias Calil Cury ou José Vieitas Neto. Na confrontação com a doxa arquitetônica de sua época, expressada pela jovem crítica brasileira desencantada frente aos dogmas modernos reinantes, Artigas parece eleger dar um passo atrás, talvez para não ficar completamente isolado”.
Na ocasião, o livro estará à venda pelo preço promocional de apenas R$40,00.
Patrocínio: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Realização: Governo do Estado de São Paulo e Ministério da Cultura, Lei de Incentivo à Cultura. Apoio Cultural: Projeto Vilanova Artigas, Gail e Senac
De autoria de Nara Grossi e elaborado a partir da dissertação de mestrado da autora, a obra apresenta um estudo sobre Humberto Serpa, um dos principais protagonistas da arquitetura mineira do século XX. "Apreciar Humberto Serpa é um exercício de sentir qualidades atemporais – mesmo que seja difícil definir o que e como são esses valores. Daí a importância desta introdução que Nara nos brinda sobre um arquiteto que pode ser a abertura para outras faces da pluralidade mineira. Que é também a pluralidade brasileira" (Hugo Segawa).
Ceça Guimarâes (organizadora). Rio de Janeiro, Rio Books.
Celebrar o centenário de nascimento e a obra fotográfica de Benício Whatley Dias (1914 - 1976), recifense e pernambucano, cujos trabalhos articulam o Movimento Moderno e o Patrimônio é um dos motivos dessa coletânea de artigos. Agrega-se a isso o interesse dos autores sobre Fotografia e Arte, Urbanismo e Museologia quando estas disciplinas despertam e conectam as formas de olhar sensíveis às transformações da paisagem urbana. Desse modo, os textos de arquitetos e museólogos, historiadores e artistas, aqui reunidos, tratam das imagens fotográficas sob a perspectiva museológica e identitária, associando Fotografia, Museologia e Arquitetura - tanto no sentido da História Urbana quanto da Expografia e da Conservação. Agradecemos a colaboração da filiada Ceça Guimaraes
Discorrendo sobre a patrimonialização da arquitetura em âmbito nacional e internacional, Flávia Brito do Nascimento propõe um estudo dos conjuntos residenciais construídos no Brasil entre os anos de 1930 e 1964, a partir da análise dos seus processos de tombamento e de suas publicações em periódicos especializados. A autora discute a concepção de memória da arquitetura moderna brasileira desenvolvida nos anos 1980 e a construção da ideia do não lugar dos conjuntos residenciais no patrimônio cultural. Dedica-se ainda ao estudo dos aspectos materiais da preservação destas habitações destacando, neste contexto, a trajetória do Conjunto Residencial do Pedregulho, no Rio de Janeiro.
Blocos de Memória insere-se, assim, no debate sobre preservação da arquitetura e urbanismo modernos, realçando a importância histórica dos conjuntos residenciais e o que representam como patrimônio.
O lançamento se realizou no dia 22 de março em São Paulo, e no dia 30 de março no Rio de Janeiro
O livro de autoria de Nilce Aravecchia-Botas é fruto de sua tese de doutorado defendida na FAUUSP em 2011 e orientada por Nabil Bonduki. A publicação traz em suas páginas uma rica pesquisa realizada em fontes primárias e secundárias, além de imagens da que pode ser considerada a maior política habitacional empreendida no país entre 1930 e 1964.
Livro sobre o arquiteto Jayme C. Fonseca Rodrigues
Foi lançado no dia 17 de novembro último o livro intitulado Jayme C. Fonseca Rodrigues - Arquiteto, organizado e escrito por Hugo Segawa (FAUUSP). O volume conta com capítulos das arquitetas Juliana Suzuki (DAU-UFPR) e Nilce Aravacchia-Botas (FAUUSP) e está estruturado em sete partes para compor uma "cápsula do tempo" da vida e obra do arquiteto. Jayme C. Fonseca Rodrigues chegou a deter um dos maiores e mais atuantes escritórios de arquitetura de meados do século XX. Com a morte prematura aos 41 anos, os projetos foram conservados pela família. O livro é uma publicação da BEI Editora.
Após 14 anos, foi lançada a segunda edição do livro Patrimônio Construído, de Cristiano Mascaro, que trazia em sua primeira edição as “100 mais belas obras de arquitetura do Brasil, tombadas pelo IPHAN”. Agora a edição foi acrescida de 10 obras modernas, como o Aterro do Flamengo, a Caixa D´Água de Olinda e a Rodoviária de Londrina, escolhidas com a curadoria dos críticos Lauro Cavalcanti e Fernando Serapião e do arquiteto Pedro Mendes da Rocha.