Jornada pela preservação da obra de Lelé
Oito instituições brasileiras da área de arquitetura assinam documento (abaixo reproduzido) pela preservação da obra de João da Gama Filgueiras Lima, o Lelé, um dos mais importantes arquitetos do século XX, que encontra-se em risco de descaracterização e desaparecimento. IAB, FNA, FAUFBA, Escola da Cidade/SP, ICOMOS Brasil, DOCOMOMO Brasil, ANPARQ irão, entre outras medidas, solicitar ao IPHAN que intensifique a guarda dos elementos mais representativos da obra de Lelé, que participou de momentos históricos da arquitetura brasileira, como a criação e construção de Brasília. O documento foi assinado durante o V ENANPARQ, realizado em Salvador em outubro.
Seu trabalho, de forte identidade, teve grande impacto social graças a sua inovadora pesquisa e atuação com pré-fabricados, que ajudou a consolidar políticas de urbanização de favela e bairros populares no Brasil e a criar o conceito de cidade inclusiva. Lelé morreu em 2014, em Salvador, onde estão parte de seus projetos, como a Prefeitura Municipal, no Centro Histórico.
Assinam o documento: Adriana Filgueiras Lima (presidente do Instituto Lelé), Anália Amorim (Escola da Cidade), Carlos Eduardo Dias Comas (ANPARQ), Eleonora Mascia (FNA), Esequias Souza de Freitas (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia), Fábio Mosaner (UFSC), Leonardo Barci Castriota (ICOMOS Brasil), José Fernando Minho (UFBA), Juliano Vasconcellos (UFRGS), Naia Alban (UFBA), Nivaldo Andrade (IAB/DN), Renato Gama-Rosa Costa (DOCOMOMO Brasil), Sérgio Ekerman (UFBA)
Segue o documento elaborado durante o V ENANPARQ, em Salvador.