Museografia e Arquitetura de Museus: Fotografia e Memória

Museografia e Arquitetura de Museus: Fotografia e Memória

Homenageando o fotógrafo pernambucano Benicio Watley Dias (1914 – 1976), cujas fotografias constroem uma imagem moderna do Recife nas décadas de 1930 a 1950, aconteceu em Lisboa, Madrid, Rio de Janeiro e Recife a quinta edição do Seminário Internacional Museografia e Arquitetura de Museus dedicado ao tema Fotografia e Memória.

Com o mérito de reunir pela primeira vez estudiosos brasileiros e estrangeiros voltados para pesquisa com o recente tema da fotografia, o seminário foi organizado pelo grupo de estudos ArqMuseus, da UFRJ, com a parceria de algumas instituições das cidades que o sediaram: em Lisboa pela ULHT e FA/ULisboa, em Madrid pela UPM, ETSAM e em Recife pelo LUP e MDU.

Em Recife contou com a conferência de abertura de Pedro Karp Vasquez sobre o recém-lançado livro de fotografias do Rio de Janeiro, de Cristiano Mascaro, e com a conferência de fechamento feita por Ulpiano Meneses sobre Imagem Visual, Fotografia e Memória.

Uma seleção de trabalhos do seminário já está reunida no livro Museografia e Arquitetura de Museus, Fotografia e Memória, organizado por Cêça Guimarães e editado pela Rio Books.

13/10/2016. Credito: Gil VIcente/Fanzine/Fundaj. 5º Seminário Internacional - Museografia e Arquitetura de Museus: Fotografia e Memória. Sessão de Comunicações. Cêça Guimaraens (UFRJ) - Benício Dias

13/10/2016. Credito: Gil VIcente/Fanzine/Fundaj. 5º Seminário Internacional - Museografia e Arquitetura de Museus: Fotografia e Memória. Conferência “Fotografia e Memória. A Lição do Mestre, com Pedro Vasquez, escritor, fotógrafo e editor, sobre a obra de Cristiano Mascaro, O Rio Revelado

Jockey Clube de Porto Alegre

No último Docomemos, publicamos, na seção Edifícios em Risco, o caso do Jockey Clube de Porto Alegre (RS), conhecido como Palácio de Cristal e tombado pela Prefeitura desde 2008. Em resposta, recebemos dos arquitetos Flávio Kiefer e Lídia Fabrício, informações de que o edifício em questão está passando por ações emergenciais de proteção dos dois pavilhões citados.

Apesar de não ser um restauro completo do conjunto, Kiefer ressalta que com essas ações já se conquistou um Plano Diretor para o complexo, a transferência da Vila Hípica para o entorno da pista, foram feitas benfeitorias no Pavilhão Social e há uma política de sustentabilidade em marcha. “O mais importante, porém, é o reconhecimento do poder público e da direção do clube da necessidade de restauração de sua arquitetura”, segundo bem pontua o arquiteto.

Parabenizamos Flavio Kiefer e Lidia Fabrício pelo trabalho desenvolvido no Jockey Clube, agradecemos as informações e desejamos que todo o trabalho seja levado a um bom termo, fazendo com que a integridade do conjunto seja mantida.

Salão do Jockey Clube. Foto: Flávio Kiefer

Edifício em risco: Rodoviária de João Pessoa, de Glauco Campello

Projetada por Glauco Campello, que venceu com ela o concurso público promovido pelo Governo do Estado da Paraíba em 1978, a Rodoviária de João Pessoa funde os fundamentos da arquitetura moderna com os preceitos para construir no Nordeste pautados por Armando de Holanda. Por optar por uma implantação eminentemente horizontal, o arquiteto consegue inserir a edificação no perfil do Centro Histórico de João Pessoa sem bloquear as visuais da Cidade Alta.  Recentemente a Prefeitura Municipal aprovou no Conselho do IPHAEP a construção de um Terminal de Integração Metropolitano que deverá ser erguido nas áreas de ampliação lateral da Rodoviária. O extenso programa do novo edifício além de romper com o gabarito definido pelo arquiteto, altera a malha urbana tombada em nível federal e estadual por incorporar à edificação a rua ali existente. A ampliação proposta nega a legislação autoral por não se dirigir ao arquiteto Glauco Campello para definir as bases de sua futura ocupação; nega também a legislação do Centro Histórico local, por se mostrar insensível às tratativas de preservação da paisagem histórica preconizadas em nível internacional pelo ICOMOS e chanceladas pelo próprio IPHAN.  Agradecemos ao colega Marco Coutinho da UFPB pelas informações.

Projetada por Glauco Campello, que venceu com ela o concurso público promovido pelo Governo do Estado da Paraíba em 1978, a Rodoviária de João Pessoa funde os fundamentos da arquitetura moderna com os preceitos para construir no Nordeste pautados por Armando de Holanda. Por optar por uma implantação eminentemente horizontal, o arquiteto consegue inserir a edificação no perfil do Centro Histórico de João Pessoa sem bloquear as visuais da Cidade Alta.

Recentemente a Prefeitura Municipal aprovou no Conselho do IPHAEP a construção de um Terminal de Integração Metropolitano que deverá ser erguido nas áreas de ampliação lateral da Rodoviária. O extenso programa do novo edifício além de romper com o gabarito definido pelo arquiteto, altera a malha urbana tombada em nível federal e estadual por incorporar à edificação a rua ali existente. A ampliação proposta nega a legislação autoral por não se dirigir ao arquiteto Glauco Campello para definir as bases de sua futura ocupação; nega também a legislação do Centro Histórico local, por se mostrar insensível às tratativas de preservação da paisagem histórica preconizadas em nível internacional pelo ICOMOS e chanceladas pelo próprio IPHAN.

Agradecemos ao colega Marco Coutinho da UFPB pelas informações.