Nova edição do livro Patrimônio construído, agora com obras modernas

Após 14 anos, foi lançada a segunda edição do livro Patrimônio Construído, de Cristiano Mascaro, que trazia em sua primeira edição as “100 mais belas obras de arquitetura do Brasil, tombadas pelo IPHAN”. Agora a edição foi acrescida de 10 obras modernas, como o Aterro do Flamengo, a Caixa D´Água de Olinda e a Rodoviária de Londrina, escolhidas com a curadoria dos críticos Lauro Cavalcanti e Fernando Serapião e do arquiteto Pedro Mendes da Rocha.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Lançado site que apresenta a obra de Acácio Gil Borsoi

O projeto cultural Inventário Acacio Gil Borsoi lançou no dia 20 de setembro o website que apresenta a trajetória profissional do arquiteto carioca e permite acesso a uma base de dados contendo registros de seu acervo de projetos. A iniciativa idealizada por Lucia Santos, filha do arquiteto, coordenada pela arquiteta Patricia Ataíde e produzida pelo arquiteto Giuseppe Antonio Baccaro, teve como objetivo inventariar, organizar e disponibilizar para o público em geral desenhos de arquitetura, croquis, imagens e memoriais de projetos desenvolvidos pelo arquiteto durante seu período de atuação em Pernambuco e no Nordeste.
O evento de lançamento ocorreu na galeria de arte Amparo Sessenta e contou com a palestra de Fernando Diniz Moreira e Marco Antonio Borsoi sobre a importância da obra de Acacio Gil Borsoi para a história da arquitetura moderna em Pernambuco e a relevância de iniciativas de conservação de acervos de arquitetura. A página está disponível para acesso no endereço www.acaciogilborsoi.com.br.

Fonte: acaciogilborsoi.com.br

Fonte: acaciogilborsoi.com.br

Edifício em risco: Casas geminadas da Av. Rosa e Silva – Recife

Casas geminadas da Av. Rosa e Silva - Recife

Projetadas em 1958 por Augusto Reynaldo, um dos primeiros arquitetos graduados na então Escola de Belas Artes de Pernambuco, já sob orientação moderna proposta por mestres como Mario Russo, Acácio Gil Borsoi e Delfim Amorim, as casas geminadas da av. Rosa e Silva são os mais visíveis exemplares da produção de residências desse arquiteto que tem morte prematura aos 34 anos de idade.
Situadas em uma avenida de passagem obrigatória para os bairros nobres da cidade, as casas apresentam uma composição de grande riqueza de planos e volumes, trabalhada de maneira sutil com diferentes tramas verticais, horizontais e diagonais, além de diferentes materiais e cores. São exemplares de uma cultura construtiva que buscava experimentar novos materiais e adotar os princípios modernos, como a fluidez espacial, a divisão em setores funcionais, a integração das artes.
A saga da destruição das casas começa em 2014. Apesar de se tornarem IEPs, foram completamente arruinadas para se adaptarem ao uso de uma padaria: o jardim frontal deu espaço a um estacionamento, as esquadrias e os revestimentos originais foram removidos. Atualmente uma das casas está abandonada e a outra foi transformada em um depósito de uma farmácia que funciona ao lado.
Foto: Maria Luiza Freitas

Foto: Maria Luiza Freitas