Severiano Mario Porto

Promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU/AM) em comemoração aos 87 anos do arquiteto Severiano Mário Porto, a Exposição Itinerante “Severiano Mario Porto” conta com 16 quadros fotográficos que retratam a obra do arquiteto no Amazonas. Assinam a exposição fotográfica:.Gonzalo Renato Nunez Melgar, Heraldo Costa dos Reis e Iuçana Mouco

Em março de 2017, foram tombadas pela Assembleia Legislativa do Amazonas, por seu interesse arquitetônico, histórico e cultural, as edificações projetadas por Porto construídas no Estado do Amazonas. Entre elas está o Fórum Henoch Reis, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a Sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e mais de 20 outras importantes obras.

Kirchgässner: um modernista solitário

A mostra montada no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, até o dia 4 de junho, sob a curadoria de Salvador Gnoato  (secretário executivo do Docomomo_Brasil 2012 - 2013), conta com obras ainda desconhecidas do arquiteto que antecipou o modernismo no Brasil, Frederico Kirchgassner (1899-1988). Conta também por obras de Hilda Kirchgassner, sua esposa, que também era artista visual.

sobre o arquiteto

Kirchgässner nasceu na Alemanha em 1899, vindo para o Brasil em 1909. Instalado em Curitiba, estudou Artes Plásticas e Arquitetura por correspondência na Architektur System Karnack Halchfeld de Potsdam e na Deutsche Kunstchule de Berlim. No final da década de 1920, foi para Berlim onde fez provas e tirou seu diploma. De volta a Curitiba, projetou a casa em que morou, no ano de 1930 e desenhou e produziu seus móveis de design inovador. Localizada no centro da capital paranaense, a casa de Kirchgassner surpreendeu com a estética modernista. “Inserido na formação multicultural de Curitiba, Kirchgassner executou as primeiras casas modernistas da cidade dentro do espírito das vanguardas da Alemanha dos anos 1920”, pontua o curador da exposição. Além da arquitetura, dedicou-se à pintura, e este seu lado artístico também é exposto na mostra.

Delfim Amorim em Casa

A exposição “Delfim Amorim em casa” que se realiza em Povoa de Varzim, Portugal, desde o dia 2 último, inaugura o ano comemorativo do centenário do nascimento do arquiteto e é fruto do esforço conjunto da Câmara Municipal Póvoa de Varzim / Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade Federal da Paraíba. É organizada pelos arquitetos Luiz Amorim (secretário executivo do Docomomo_Br 2014-2015) e José Ribeiro, segundo uma narrativa expográfica que associa seu pensamento arquitetônico aos seus projetos destinados à moradia – individual e coletiva. Trata, portanto, das casas de Amorim em sua casa, a Póvoa de Varzim, mas contempla também obras relevantes projetadas para as cidades de Guimarães, Vila do Conde e Porto, algumas delas ainda desconhecidas dos estudiosos da arquitetura moderna em Portugal. Obras realizadas em solo brasileiro se fazem presentes para permitir uma reflexão sobre a permanência de modos de pensar e de fazer ao longo da sua curta, mas profícua, carreira.

Sobre o arquiteto

O arquiteto Delfim Fernandes Amorim nasceu em Portugal, na freguesia de Amorim, concelho da Póvoa de Varzim, em 2 de abril de 1917. Estudou na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde obteve seu título de arquiteto em 1947 e atuou como professor assistente em 1950 e 1951. Participou ativamente dos movimentos de implantação e divulgação da arquitetura moderna, tendo sido fundador e militante da Organização dos Arquitetos Modernos (ODAM). Suas obras construídas e projetadas foram expostas em mostras nacionais e publicadas em revistas portuguesas. Em dezembro de 1951 emigou para o Brasil, como consequência do recrudescimento político do regime Salazarista e da defesa vigorosa deste sistema político de uma arquitetura nacional, reduzindo, portanto, as oportunidades de trabalho para os jovens arquitetos modernistas portuguesa. No Recife, a cidade por ele escolhida, foi professor no Curso de Arquitetura da Escola de Belas Artes de Pernambuco, depois Faculdade de Arquitetura da Universidade do Recife. Delfim Amorim tornou-se um dos arquitetos mais atuantes na Região Nordeste do Brasil, entre 1952 e 1972. Sua marca principal é a conciliação entre princípios modernistas e modos de fazer associados às culturas regionais. Sua morte prematura em 1972, aos 55 anos de idade, ceifou uma obra que estava em pleno vigor.

Agradecemos a colaboração de Luiz Amorim, membro do Conselho Consultivo e filiado do Docomomo