VILANOVA ARTIGAS: Casas Paulistas

O Docomomo_Brasil, o IAB-PE, o MDU/UFPE e a Romano Guerra Editora convidam para a palestra e lançamento do livro:

"Vilanova Artigas - casas paulistas" de Marcio Cotrim

Terça-feira dia 18 de abril de 2017, às 19h no IAB-PE
Rua Jener de Souza, n.130, Derby, Recife-PE

Abertura: Fernando Diniz - Coordenador Geral Docomomo Brasil
Apresentação do Livro: Marcio Cotrim

O livro se origina da tese de doutorado defendida com em julho 2008 na Universidade Politécnica da Catalunha, de autoria de Marcio Cotrim e sob a orientação dos professores Fernando Alvarez Prozorovich (Espanha) e Abilio Guerra (Brasil), que assinam a apresentação do livro, onde pode ser ler o seguinte:

“Evitando mecanismos apriorísticos, o autor trabalhou com uma grande quantidade de material original do período analisado disponível no arquivo de Vilanova Artigas, visitou e experimentou suas casas, conversou com seus proprietários e recolheu valiosos depoimentos. Além disso, realizou um trabalho de análise metodologicamente impecável no qual se destacou o interesse pela obra e a necessidade de revelar o modus operandi do autor, buscando recordar o ‘muito no pouco’, como diz o poema de Fernando Pessoa citado pelo próprio Artigas em seu texto 'O desenho', de 1967. E devemos reconhecer que não é tarefa fácil o desafio de analisar obras e projetos estilisticamente tão diferentes como as casas Elza Berquó, José Mário Taques Bittencourt III, Ariosto Martirani, Alfred Günther Domschke, Juvenal Juvêncio, Elias Calil Cury ou José Vieitas Neto. Na confrontação com a doxa arquitetônica de sua época, expressada pela jovem crítica brasileira desencantada frente aos dogmas modernos reinantes, Artigas parece eleger dar um passo atrás, talvez para não ficar completamente isolado”.

Na ocasião, o livro estará à venda pelo preço promocional de apenas R$40,00.

Patrocínio: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

Realização: Governo do Estado de São Paulo e Ministério da Cultura, Lei de Incentivo à Cultura.
Apoio Cultural: Projeto Vilanova Artigas, Gail e Senac

Sanatório de Curicica

Atual Hospital Municipal Raphael de Paula Souza e Centro de Referência Professor Hélio Fraga, Ensp/Fiocruz.
Arquiteto Sergio Bernardes, 1952.

Vista do Sanatório de Curicica Sanatorium durante sua construção. Fonte: Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. Sem data

Inaugurado em 25 de janeiro de 1952, é parte de uma série de quatro hospitais para doenças tratadas em isolamento na Baixada de Jacarepaguá, cidade do Rio de Janeiro, Brasil, que foram implantados entre as décadas de 1920 e 1950, quando a região ainda tinha características rurais.

O complexo sanatorial, com caráter de experimentação e de vanguarda, se encontra em processo de tombamento em nível municipal, e em risco de perder suas características plásticas e de habitabilidade propostas no projeto, bem como ter destruídas partes ainda existentes da construção original. O projeto é representativo das primeiras obras do arquiteto carioca Sergio Bernardes, quando este dirigia o Setor de Arquitetura da Campanha Nacional Contra a Tuberculose (CNCT), subordinada ao Serviço Nacional de Tuberculose (SNT). Segundo a recomendação do SNT, a construção deveria ser econômica e de baixo custo de manutenção, seguindo princípios de racionalidade projetual e construtiva. O programa original previa pavilhões de tratamentos para os tuberculosos, edifício hospitalar, edifícios complementares administrativos e de serviços, igreja, edifícios destinados à pesquisa, casa do diretor médico e alojamento para os funcionários.

Vista do Sanatório de Curicica Sanatorium durante sua construção. Fonte: Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. Sem data

Os edifícios mais significativos, como a Igreja e a residência do médico, apresentam qualidades únicas e destacam-se, sendo seguidos por sequências de pátios ajardinados e pavilhões de mesmas dimensões articulados por passagens cobertas. O conjunto dos pavilhões de tratamento segue rigorosamente uma modulação. Essa opção se refletiu ainda na utilização de sistema de pré-moldados em concreto armado, permitindo o barateamento e a rapidez da obra, atendendo as recomendações do ministério e possibilitando a reprodução de complexos similares como o da extensão do Sanatório de Sancho em Pernambuco. O resultado da espacialidade, longe de ser apenas funcional, é de grande efeito plástico, criando-se um percurso em que o ritmo de edificações e áreas abertas propicia um lugar com características arquitetônicas excepcionais.

A partir da década de 1980 com a extinção da CNTC e, posteriormente até o ano 2000, com a municipalização dos serviços de saúde, o complexo foi dividido em duas instituições. Uma hospitalar e municipal, com os pavilhões de tratamento, o hospital e edifícios de serviços complementares - administrativos e de serviços. Outra de pesquisa e federal, que conta com os edifícios originalmente pensados para esta finalidade, bem como a casa do diretor e os alojamentos, sob a responsabilidade da Escola Nacional de Saúde Publica (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

A parte do complexo sob a gestão federal está razoavelmente preservada, embora exija recuperação e manutenção adequadas. Isto não ocorre com o conjunto de edifícios que servem ao hospital municipal. Esse, em situação precária de manutenção e de perda eminente, apresenta os limites do terreno em parte invadidos por habitações de baixa-renda e pelo próprio poder municipal, que em um dos extremos construiu creches para atender crianças das imediações, e, em outra, demoliu pavilhões alegando a precariedade da sua conservação para promover a construção de escolas públicas. Ambos os usos são inadequados, pois estão na proximidade de um hospital que atende tuberculosos com alto grau de contaminação.

Aliado a isso, a baixada de Jacarepaguá é hoje um dos principais eixos de interesse do capital imobiliário, o que foi intensificado com a criação do sistema de transporte de superfície baseado em corredores expressos de ônibus ou Bus Rapid Transit – BRT, que teve impacto significativo, formal e de escala, sobre o conjunto, pois na sua parte frontal passa em via elevada. Por outro lado, é consequente o efeito deste sistema de transporte sobre a estrutura fundiária e social da região, possibilitando um maior valor de mercado ao terreno e possibilitando o consequente interesse pela desativação do hospital para alienação.

Autores: Ana Albano Amora, Renato Gama-Rosa Costa, Thaysa Malaquias, Michael Jordan

Severiano Mario Porto

Promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU/AM) em comemoração aos 87 anos do arquiteto Severiano Mário Porto, a Exposição Itinerante “Severiano Mario Porto” conta com 16 quadros fotográficos que retratam a obra do arquiteto no Amazonas. Assinam a exposição fotográfica:.Gonzalo Renato Nunez Melgar, Heraldo Costa dos Reis e Iuçana Mouco

Em março de 2017, foram tombadas pela Assembleia Legislativa do Amazonas, por seu interesse arquitetônico, histórico e cultural, as edificações projetadas por Porto construídas no Estado do Amazonas. Entre elas está o Fórum Henoch Reis, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a Sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e mais de 20 outras importantes obras.