O moderno em prosa e risco

No último dia 16 de novembro, realizou-se na sede do IAB RJ o primeiro evento preparatório para o IV Docomomo Rio 2017. O evento foi aberto pelo presidente do IAB-RJ, Pedro da Luz, sendo chamados para compor a mesa inicial os professores Renato Gama-Rosa (COC/Fiocruz) e Andréa Borde (PROURB/UFRJ), coordenador e vice do Docomomo-Rio, respectivamente, e Margareth Pereira (PROURB/UFRJ) para apresentarem e discutirem o tema O Moderno no Rio: do Risco ao Risco, que norteará as discussões do próximo seminário Docomomo Rio. 

Margareth Pereira iniciou sua palestra recuperando a noção de passado e de prospecção de futuro na relação com o patrimônio, ao lembrar uma série de intervenções que ocorreram na cidade do Rio do século XIX até os dias de hoje. Para Margareth os projetos realizados na cidade, desde Lauro Muller e Pereira Passos até às obras do Porto Maravilha, passando por Agache, Dodsworth e Carlos Lacerda, sempre lidaram com destruição, construção e reconstrução e, nesses casos, o patrimônio foi se reconfigurando para atender ao processo de transformação da cidade. Ela chamou atenção para o fato que tais projetos, de uma forma mais positiva que outros, agiam com base em planejamento, ausente nas intervenções contemporâneas. Concluiu sua palestra conclamando as instituições, em especial o Docomomo e o IAB, para juntarem esforços em ações de tomada de consciência quanto à conservação do patrimônio moderno no Rio de Janeiro, indicando possíveis caminhos para as próximas discussões que levarão ao IV Docomomo Rio.

Evento preparatorio docomomo rio realizado no IAB-RJ

 

Na mesma ocasião, a pesquisadora Ana Esteban Maluenda (Universidade Politecnica de Madrid), fez palestra de lançamento do livro La Architectura Moderna en Latinoamerica, por ela organizado.

Museografia e Arquitetura de Museus: Fotografia e Memória

Museografia e Arquitetura de Museus: Fotografia e Memória

Homenageando o fotógrafo pernambucano Benicio Watley Dias (1914 – 1976), cujas fotografias constroem uma imagem moderna do Recife nas décadas de 1930 a 1950, aconteceu em Lisboa, Madrid, Rio de Janeiro e Recife a quinta edição do Seminário Internacional Museografia e Arquitetura de Museus dedicado ao tema Fotografia e Memória.

Com o mérito de reunir pela primeira vez estudiosos brasileiros e estrangeiros voltados para pesquisa com o recente tema da fotografia, o seminário foi organizado pelo grupo de estudos ArqMuseus, da UFRJ, com a parceria de algumas instituições das cidades que o sediaram: em Lisboa pela ULHT e FA/ULisboa, em Madrid pela UPM, ETSAM e em Recife pelo LUP e MDU.

Em Recife contou com a conferência de abertura de Pedro Karp Vasquez sobre o recém-lançado livro de fotografias do Rio de Janeiro, de Cristiano Mascaro, e com a conferência de fechamento feita por Ulpiano Meneses sobre Imagem Visual, Fotografia e Memória.

Uma seleção de trabalhos do seminário já está reunida no livro Museografia e Arquitetura de Museus, Fotografia e Memória, organizado por Cêça Guimarães e editado pela Rio Books.

13/10/2016. Credito: Gil VIcente/Fanzine/Fundaj. 5º Seminário Internacional - Museografia e Arquitetura de Museus: Fotografia e Memória. Sessão de Comunicações. Cêça Guimaraens (UFRJ) - Benício Dias

13/10/2016. Credito: Gil VIcente/Fanzine/Fundaj. 5º Seminário Internacional - Museografia e Arquitetura de Museus: Fotografia e Memória. Conferência “Fotografia e Memória. A Lição do Mestre, com Pedro Vasquez, escritor, fotógrafo e editor, sobre a obra de Cristiano Mascaro, O Rio Revelado

Jockey Clube de Porto Alegre

No último Docomemos, publicamos, na seção Edifícios em Risco, o caso do Jockey Clube de Porto Alegre (RS), conhecido como Palácio de Cristal e tombado pela Prefeitura desde 2008. Em resposta, recebemos dos arquitetos Flávio Kiefer e Lídia Fabrício, informações de que o edifício em questão está passando por ações emergenciais de proteção dos dois pavilhões citados.

Apesar de não ser um restauro completo do conjunto, Kiefer ressalta que com essas ações já se conquistou um Plano Diretor para o complexo, a transferência da Vila Hípica para o entorno da pista, foram feitas benfeitorias no Pavilhão Social e há uma política de sustentabilidade em marcha. “O mais importante, porém, é o reconhecimento do poder público e da direção do clube da necessidade de restauração de sua arquitetura”, segundo bem pontua o arquiteto.

Parabenizamos Flavio Kiefer e Lidia Fabrício pelo trabalho desenvolvido no Jockey Clube, agradecemos as informações e desejamos que todo o trabalho seja levado a um bom termo, fazendo com que a integridade do conjunto seja mantida.

Salão do Jockey Clube. Foto: Flávio Kiefer